Correntes da alimentação: o que é isso?!

Correntes da alimentação: o que é isso?!

Correntes da alimentação: o que é isso?!

Olá, tudo bem?

Vamos esclarecer um pouco sobre o que chamaremos de “correntes da alimentação”. Isto nos ajudará a entender as diversas nomenclaturas que ouvimos por aí (vegetarianismo, veganismo, etc), bem como servirá para entender as classificações das receitinhas que serão postadas!

Já falamos de alimentação orgânica, natural, funcional e saudável, certo? Todas estas tipos de alimentação não excluem qualquer tipo de alimento, mas apenas priorizam a origem e a combinação dos alimentos de acordo com a qualidade e o poder de manter o equilíbrio metabólico do organismo.

Existem, todavia, algumas correntes/padrões (por assim dizer) alimentares – que foram surgindo e criando força e adeptos – baseados em diferentes razões, sejam elas éticas (de luta pela libertação e não exploração animal),  religiosas (compaixão pelos seres em geral e a postura contra o derramamento de sangue de qualquer espécie), filosóficas (contra matança de animais e qualquer tipo de sua exploração, no sentido mais amplo possível), de saúde (evitar doenças ou diminuir o risco de desenvolvê-las), de sustentabilidade, de caráter espiritual, de estilo de vida… Enfim, a ideia aqui é tão somente tentar esclarecer, da forma mais didática e objetiva possível, as diferenças e semelhanças entre estas correntes, portanto, nada de discutir origens, ou evolução, ou mérito, ou certo e errado, muito menos defender qualquer uma delas, ok?! Bora lá!

O que é, então, vegetarianismo, veganismo, crudivorismo, frugivorismo…?

Ser vegetariano, do ponto de vista nutricional, lato sensu, significa, apenas, não se alimentar de carnes animais de qualquer tipo (bovina, suína, de aves, pescados,…) e nem de produtos que contenham esses alimentos. Por isso, já ressalto que o vegetariano não vive só de verduras e legumes! Esses alimentos fazem parte da alimentação, mas não são a base da dieta vegetariana. Com uma alimentação baseada em legumes, frutas, verduras, grãos, sementes e cereais, os vegetarianos se sub-dividem em seis principais grupos: ovo-lacto-vegetarianos, ovo-vegetarianos, lacto-vegetarianos,  vegetarianos puros/estritos, crudívoros e frugívoros.

Seguem, mais detalhadamente, as categorias mencionadas acima:

– Ovo-lacto-vegetarianas: só restringem as carnes, aceitam ovos + leite/derivados do leite.

– Ovo-vegetarianas: restringem as carnes + leite/derivados de leite, mas consomem ovos.

– Lacto-vegetarianas: restringem as carnes + ovos, mas consomem leite/derivados de leite.

– Vegetarianos puros/estritos: não consomem qualquer ingrediente de origem animal, portanto não excluem apenas as carnes, ovos e leites/derivados de sua dieta, mas também excluem mel, gelatina… Como se vê, a inclusão ou a exclusão dos produtos derivados de animais (ovos e lácteos) determina as principais sub-categorias do vegetarianismo.

– Crudívoros: os adeptos ao crudivorismo alimentam-se majoritariamente de alimentos “crus” (ou seja “vivos”, frescos) como legumes, frutas, oleaginosas, hortaliças e grãos germinados.

Alimentos crus são aqueles naturais, integrais e portanto ricos em vitaminas, minerais e principalmente enzimas, nunca aquecidos além de 42°C (para não desnaturar as enzimas que facilitam tanto a digestão e outras funções metabólicas do organismo, bem como para trazer energia ao organismo), ou processados, ou refinados ou adulterados de qualquer forma. Neste tipo de alimentação são muito utilizadas, por exemplo, técnicas de embebição e germinação de sementes, brotação, desidratação e fermentação.

O crudivorismo é uma dieta que faz emagrecer naturalmente, melhora a saúde de forma ampla, desintoxica e depura o organismo e traz energia. Um grande desafio nesta dieta é tentar consumir ao máximo alimentos orgânicos já que o consumo é cru.

– Frugívoros: os adeptos ao frugivorismo alimentam-se exclusivamente de frutos (aqueles que conhecemos como “frutas” – laranja, pêssego, manga… E o que conhecemos como “legumes”: abobrinha, quiabo, chuchu… (embora esta diferenciação ainda crie muito polêmica entre os adeptos desta corrente), leguminosas (grãos produzidos em vagens: feijões, lentilha, grão-de-bico…), sementes (de girassol, abóbora, gergelim…) e oleaginosas (castanhas, nozes, amêndoas, pistache, macadâmia…). Os frugívoros têm uma alimentação muito semelhante aos veganos, com a diferença que excluem não só os alimentos de origem animal, mas também alimentos que “matam” as plantas. Evitam, assim, todas as raízes, como cenoura, beterraba, mandioca, rabanete, cará, batata-doce, cebola e também os brotos, como os de soja e os de alfafa.

Já os veganos diferem dos vegetarianos puros/estritos porque, além de excluírem todo e qualquer alimento de origem animal de seu cardápio, também não consomem qualquer outro tipo de produto que conte com a participação (de qualquer forma) de animais, seja na produção/confecção, seja em testes, como roupas (couro, seda, lã, lanolina), produtos de higiene, cosméticos, detergentes… Também não consomem qualquer tipo de serviço que conte com a participação de animais, como espetáculos de entretenimento, por exemplo (circo, touradas, etc).

O veganismo vai, portanto, muito além da alimentação e pode ser definido como uma filosofia de vida, ao passo que busca excluir, na medida do possível, todas as formas de exploração e tratamento cruel de animais pelo homem, seja na alimentação, no vestuário, ou em qualquer outro produto ou serviço.

O veganismo tem como base de alimentação cinco grandes grupos, quais sejam:

  1. Leguminosas – principal fonte de proteína: feijões, grão de bico, ervilha, lentilha, amendoim…
  2. Cereais integrais – principal fonte de carboidratos: arroz, milho, aveia, quinoa, trigo, amaranto…
  3. Hortaliças: verduras, legumes, raízes/tubérculos.
  • verduras folhosas – fonte de fibra e pouca caloria. As verduras escuras são as melhores fontes de cálcio e ferro. Apenas deve-se ter certa cautela com espinafre porque ele tem uma substância chamada oxalato, a qual se liga a outros nutrientes e pode impedir a absorção destes pelo corpo.
  • legumes – também fonte de fibras com poucas calorias. Quanto mais diversificado, mais colorido o prato, melhor!
  • raízes/tubérculos – também fonte de fibras, porém mais ricas em carboidratos como inhame, cenoura, batatas de todos os tipos…
  1. Frutas frescas – fonte de carboidratos, vitaminas e fibras.
  2. Sementes e castanhas – são as chamadas “gorduras do bem” e também complementam a carga de  proteínas: chia, linhaça, gergelim, sementes de abóbora e de girassol, castanhas de todos os tipos (do pará, caju, nozes, amêndoas…).

Bom, espero que tenha conseguido dar uma visão geral!

Obrigada pela sua leitura! Bjs e até o próximo post!

Referências:

“As informações, dicas e sugestões contidas neste blog têm caráter meramente informativo e não substituem o aconselhamento e/ou acompanhamento de médicos, nutricionistas ou outros profissionais envolvidos na atenção à sua saúde.”

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