Peixes Enlatados

Peixes Enlatados

Peixes Enlatados – vamos falar um pouquinho deles? Atum, sardinha, anchova…

Sim,  vamos encontrar por aqui algumas receitas com eles, afinal, é inegável que os peixinhos enlatados são super práticos e curingas para rechear sanduíches, “turbinar” saladas, risotos, omeletes, molhos, servir de base de patês, recheio de tortas…

Bem, antes de começarmos a discussão, é sempre bom ressaltar algo que sempre falamos: sabemos que os alimentos frescos/in natura e orgânicos são sempre as melhores opções… Sabemos também que os produtos enlatados têm seu valor nutricional reduzido em relação ao alimento fresco, além de serem acrescidos de sódio + conservantes e serem armazenados em latas de alumínio, mas… Se não for possível ter em mãos os alimentos frescos, a opção pelos enlatados pode ser utilizada eventualmente.

Os peixes enlatados passam por um processo de aquecimento em alta temperatura e por isso perdem uma pequena parte dos nutrientes. Entretanto, em função deste mesmo processo, acabam ganhando um tempo de conservação maior e assim promovem praticidade ao consumidor.

Atualmente, encontramos no mercado alguns tipos de peixes enlatados: em óleo, em molho de tomate, em água ou ao natural. E é a partir destes tipos que analisaremos as questões importantes para nossa saúde: nutrientes mantidos x sódio/conservantes acrescidos x latas de alumínio.

Bem, de cara, já excluiremos as opções com molho de tomate/picante já que elas contém açúcar, glutamato monossódico (que tanto já falamos) e outros aditivos que nem conseguimos identificar.

Analisando as demais opções, os peixes enlatados ao natural ou light (na água), aparentemente, poderiam ser os mais indicados para consumo, já que geralmente são opções com menos sódio, mais proteínas e menos gorduras. Porém, se você está pensando em teor de ômega 3, os peixes conservados em óleo – apesar de serem as opções mais calóricas e com maior concentração de sódio – são os opções mais indicadas, pois nelas, o teor de ômega 3 se mantém mais conservado. Isso mesmo, o óleo em volta do peixe auxilia na preservação do ômega 3!

Todavia, não podemos nos esquecer da questão das latas. Alumínio e mercúrio (que compõe as latas dos produtos enlatados) são metais pesados e sua concentração em nosso organismo pode levar a doenças neurológicas (como o Alzheimer, por exemplo) e também a alterações nos sistemas gastrointestinal, cardiovascular e urológico. Entretanto, estes metais têm “afinidade” com gordura (o que tecnicamente chamamos de “lipofilicidade”), então, se você compra o peixe enlatado em óleo, até este produto chegar à sua mesa, estes metais contidos na lata (e até eventualmente no peixe, supondo que ele possa estar contaminado, afinal, infelizmente sabemos que nossos oceanos andam bem sujinhos) migrarão para o óleo da conserva! Sim, os metais pesados vão “se juntar” ao óleo, deixando o peixe livre. Agora, se o peixe for enlatado com água, os metais ficarão depositados no peixe, pois não possuem qualquer afinidade físico-química com a água e, assim, acabaremos consumindo estes metais junto com o peixe.

Qual opção escolher? Depende da sua prioridade!

  • mais proteínas, menos gordura, menos sódio, mais metais – opções ao natural ou light.
  • mais ômega 3, menos metais, mais sódio, mais calorias – opções com óleo.

Se me permite uma sugestão… Sugiro os peixes conservados apenas em óleo, nada de água ou molhos! E, mesmo assim, ainda fica uma importante ressalva: não consuma o óleo da lata! Abra a lata, jogue fora o óleo (e com eles os metais “agarrados” e gorduras próprias deste óleo), escorra o peixe em uma peneira e ainda passe por água corrente. Assim você minimiza ao máximo não só o risco de ingestão dos metais, mas também de excesso de sódio (e eventuais outros aditivos e toxinas) e de gorduras acrescidos para a conservação. Já se você optar pela conservação em água, mesmo que a jogue fora, os metais continuarão “agarrados” no peixe…

Bem, agora que já esclarecemos e alertamos sobre o assunto, faltou só falar um pouco das opções de peixes em conserva mais comuns encontradas no mercado:

Anchova: excelente fonte de proteínas, vitamina A (importante para a saúde dos olhos e da pele), vitamina E (poderoso antioxidante), vitamina D (importante para a saúde óssea) e minerais como cálcio e selênio (potente antioxidante).

Atum: é rico em ômega 3, fonte de vitaminas e minerais, como ferro, magnésio, fósforo, selênio e vitaminas do complexo B (importantes para o processo de geração de energia no organismo). É fonte de proteína com baixo teor de gordura. Ah, dizem que atum ralado é resto industrial de atum sólido/pedaços… Bem, não sei se é verdade (nem tenho conhecimento técnico para avaliar), e, sinceramente, acho bem difícil que qualquer empresa produtora de atum enlatado afirmaria/esclareceria isso, portanto, na dúvida, evito consumir, opto pelas versões sólidas ou em pedaços!

Salmão: é rico em ômega 3, fonte de selênio, vitaminas do complexo B, vitamina D, magnésio e fósforo (importantes para a saúde óssea) e tem ação antioxidante.

Sardinha: com o calor do processo de enlatamento, a espinha da sardinha – normalmente retirada e desprezada no peixe fresco – é cozida dentro da lata, podendo, então, ser consumida.  E isso é muito bom porque ela contém cálcio. A sardinha ainda é riquíssima em ômega 3 (mais que o atum), vitamina B12 e minerais, como fósforo, cálcio, potássio e ferro selênio e é fonte de proteína.

Ah, e não se esqueça da dica de sempre: cheque os ingredientes e a composição dos alimentos para verificar se existem substâncias que lhe causam intolerâncias/alergias, bem como a  quantidade de químicas e sódio.

Bem, é isso! Obrigada pela sua leitura! Espero ter lhe ajudado!

Bjs e até o próximo post!

“As informações, dicas e sugestões contidas neste blog têm caráter meramente informativo e não substituem o aconselhamento e/ou acompanhamento de médicos, nutricionistas ou outros profissionais envolvidos na atenção à sua saúde.”

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